Acúmulo de pus nos tecidos da parte posterior da garganta. Veja também abcesso periamigdaliano.
Causas, incidência e fatores de risco:
O abcesso retrofaríngeo é uma doença que ocorre em crianças, geralmente as com menos de 5 anos de idade. Os tecidos da parte posterior da garganta em crianças pequenas permitem a formação de espaços cheios de pus (o que não ocorre nos adultos) logo atrás da parte posterior da garganta. Essa área pode se tornar secundariamente infectada durante ou imediatamente após uma dor de garganta de origem bacteriana.
A criança afetada, que talvez ainda possua sintomas da dor de garganta original, começa a ter uma febre alta junto com uma dor de garganta muito grave. A dor causa uma dificuldade de deglutição e o abcesso em expansão pode trazer risco de vida.
O abcesso retrofaríngeo necessita de atenção imediata para evitar complicações graves.
Sintomas:
- dor de garganta prévia ou presente, nariz infectado ou abcessos no dente
- febre alta
- dor de garganta grave
- dificuldade de deglutição
- babar em excesso
- dificuldade respiratória
- retrações intercostais (contração dos músculos das costelas, ao respirar)
- estridor (som agudo ao aspirar)
Sinais e exames:
- raio X lateral do pescoço (mostrando espaço cheio de pus entre a garganta e as vértebras do pescoço)
- hemograma completo (contagem de glóbulos brancos elevada)
- cultura da garganta (pode mostrar organismos, estreptococos do Grupo A, estafilococos e outros)
Tratamento:
A drenagem cirúrgica do abcesso e os antibióticos intravenosos em dosagem elevada são utilizados no tratamento da infecção. Deve-se proteger as vias respiratórias para que não haja um bloqueio completo devido ao inchaço retrofaríngeo.
Expectativas (prognóstico):
Com tratamento imediato, espera-se uma recuperação completa, sem sequelas.
Complicações:
- aspiração
- obstrução das vias respiratórias
- osteomielite
- mediastinite
- drenagem dos seios do pescoço
Solicitação de assistência médica e farmacêutica:
Solicite assistência médica se houver uma febre alta com dor de garganta grave. A dificuldade respiratória, as retrações intercostais e o estridor são sinais de que uma situação de emergência se está a desenvolver.
Prevenção:
O diagnóstico precoce e o tratamento da faringite ou das infecções nasofaríngeas vão, de uma forma geral, evitar o desenvolvimento do abcesso retrofaríngeo.