Acalasia esofágica

Distúrbio do esófago caracterizado pela redução da habilidade em transportar alimentos pelo esófago e pela inabilidade do esfíncter esofágico inferior em relaxar, em resposta ao processo de deglutição.

Causas, incidência e fatores de risco:

Esse distúrbio é caracterizado pela perda das contrações em onda dos músculos lisos que forçam a comida através do trato digestivo (peristalse). Essa condição também inclui espasmos da válvula (esfíncter) que liga o esófago ao estômago por falta de relaxamento e pela falta de estimulação nervosa do esófago. As causas incluem danos aos nervos do esófago, infecções por parasitas e fatores hereditários. A acalasia pode ocorrer em qualquer idade, mas aumenta com frequência com o avanço da idade. A incidência é de 2 casos em cada 10.000 pessoas.

Sintomas:

  • dificuldade para engolir líquidos e sólidos
  • regurgitação do alimento
  • dor no peito que aumenta após a ingestão de alimentos
    • pode irradiar-se para as costas, pescoço e braços
  • perda de peso
  • vómito com sangue
  • azia
  • escorrimento de saliva
  • tosse

Sinais e exames:

Um exame físico pode mostrar sinais de anemia. Um estudo radiológico GI alto e do intestino delgado revela ausência de peristalse e estreitamento do esófago inferior.

Outros exames que podem ser realizados:

  • raio X do tórax
  • manometria esofágica

Tratamento:

A finalidade do tratamento é reduzir a pressão na parte inferior do esfíncter esofágico. Pode-se conseguir isso mediante a manipulação da parte inferior do esfíncter esofágico por meio de instrumentos especiais.

Medicamentos como nitratos de ação prolongada ou bloqueadores do canal de cálcio podem ser usados para diminuir a pressão na parte inferior do esfíncter esofágico. Algumas vezes, injeta-se toxina botulínica para relaxar o esfíncter.

Pode ser indicada uma cirurgia para diminuir a pressão no esfíncter inferior, (chamada de esofagomiotomia) se outras intervenções não derem resultado.

Expectativas (prognóstico):

A eficácia do tratamento varia de 60 a 85% dos casos, dependendo do procedimento.

Complicações:

  • esgarçamento (perfuração) do esófago
  • regurgitação do ácido ou alimento do estômago para dentro do esófago (refluxo)

Solicitação de assistência médica e/ou farmacêutica:

Marque uma consulta com o seu médico se a dificuldade de deglutição for persistente, se aparecer dor ao engolir ou se os sintomas persistirem apesar do tratamento da acalasia esofágica.

Solicite assistência médica se houver vómitos com sangue ou se novos sintomas aparecerem.

Prevenção:

Muitas das causas não podem ser prevenidas. Entretanto, o tratamento do distúrbio pode ajudar a prevenir complicações.