Distúrbio que consiste na inflamação das amígdalas (ver também dor de garganta).

Causas, incidência e fatores de risco:

As amígdalas são nódulos linfáticos localizados na parte posterior da boca/em cima da garganta. Elas ajudam a impedir a passagem de bactérias e outros micro-organismos de forma a prevenir infecções no corpo. Podem ser invadidas por infecções bacterianas ou virais a ponto de inflamarem, causando a amigdalite. A infecção pode atingir também a garganta e áreas ao seu redor, causando uma faringite.

A amigdalite é extremamente comum, especialmente em crianças.

Sintomas:

  • dor de garganta
    • persistente por mais de 48 horas
    • possivelmente intensa
  • dificuldade de engolir
  • dor de cabeça
  • febre, calafrios
  • sensibilidade da mandíbula e da garganta
  • alterações na voz, perda da voz

Sinais e exames:

Uma inspeção da boca e da garganta mostra amígdalas visíveis e aumentadas. Normalmente, elas encontram-se avermelhadas e podem apresentar manchas brancas. Os nódulos linfáticos da mandíbula e do pescoço podem estar aumentados e sensíveis ao tato (apalpação).

Uma cultura das amígdalas pode mostrar uma infecção bacteriana. Pode-se realizar uma cultura para verificar a presença da bactéria estreptococos por ser a forma mais comum e perigosa de manifestação da amigdalite.

Tratamento:

Se a causa da amigdalite for bacteriana, como a estreptocócica, devem ser prescritos antibióticos para curar a infecção. Esses antibióticos podem ser ministrados através de uma injeção única intramuscular ou por via oral, durante 10 dias. Os antibióticos via oral devem ser ministrados de forma contínua e não podem ser suspensos apenas porque passou o desconforto, pois a infecção cura-se somente se o tratamento for concluído. Alguns médicos tratam todas as amigdalites com antibióticos para prevenir complicações relacionadas com o estreptococos. Outros, entretanto, tratam somente as infecções que sabem ser bacterianas ou estreptocócicas, para minimizar a possibilidade de uma reação ao antibiótico.

O paciente deve ficar em repouso para permitir que o organismo se recupere. O consumo de líquidos, especialmente mornos (não quentes), temperados ou gelados pode aliviar o desconforto na garganta. Gargarejo com água salgada morna ou o uso de pastilhas específicas para dor de garganta (que contenham benzocaína ou ingredientes similares) podem reduzir a dor.

Pode-se usar medicamentos que não necessitam de receita médica para reduzir a dor e a febre. Porém não se deve dar aspirina a crianças se houver a possibilidade da infecção ser viral, pois ela pode estar associada à síndrome de Reye.

É possível que algumas pessoas tenham que recorrer à cirurgia de extração das amígdalas (tonsilectomia).

Expectativas (prognóstico):

Em geral, os sintomas da amigdalite tendem a melhorar em dois ou três dias após o início do tratamento. A infecção normalmente está curada nesse período, mas pode ser necessário mais de um tratamento completo de antibióticos. As complicações de uma amigdalite por estreptococos não tratada podem ser graves. Pode ser recomendável uma tonsilectomia no caso de uma amigdalite grave, frequentemente recorrente ou que não responda aos antibióticos.

Complicações:

  • faringite bacteriana
  • faringite viral
  • desidratação devido à dificuldade para engolir líquidos
  • obstrução das vias respiratórias devido ao aumento das amígdalas
  • abcesso peritonsilar ou abcesso em outras partes da garganta
  • febre reumática e distúrbios cardiovasculares consequentes
  • insuficiência renal
  • glomerulonefrite pós-estreptocócica

Solicitação de assistência médica e farmacêutica:

Procure o seu médico se a dor de garganta persistir por mais de 48 horas, se estiver acompanhada de outros sintomas de amigdalite, se os sintomas piorarem ou se aparecerem novos sintomas.

Prevenção:

Pessoas suscetíveis a amigdalite devem evitar o contacto com pessoas que se saiba estarem com amigdalite ou dor de garganta causada por bactérias.

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