Anemia imune hemolítica.

Distúrbio da destruição prematura dos glóbulos vermelhos que é resultante de uma anormalidade do sistema imune.

Causas, incidência e fatores de risco:

A anemia hemolítica imune ocorre quando são formados anticorpos contra as próprias células sanguíneas do corpo. Esses anticorpos podem ser adquiridos por transfusão de sangue, gestação (se o tipo sanguíneo do bebé for diferente do da mãe), como uma complicação de outras doenças ou da reação das células do corpo a medicamentos.

Se a causa da formação dos anticorpos for uma doença ou medicamento, é denominada anemia hemolítica imune secundária. Os anticorpos destroem as células sanguíneas porque estas são reconhecidas como substâncias estranhas dentro do corpo. A causa também pode ser desconhecida, como na anemia hemolítica auto-imune idiopática, responsável por metade de todas as anemias hemolíticas imunes. O início da doença pode ser muito rápido e muito sério, ou pode permanecer brando e não precisar de terapia específica. Os fatores de risco estão relacionados com as causas e a incidência é em 1 de cada 1.000 pessoas.

Sintomas:

  • fadiga
  • cor pálida
  • falta de ar
  • frequência cardíaca acelerada
  • pele amarela
  • urina escura
  • baço aumentado
  • inchaço articular
  • rigidez articular
  • dor articular

Sinais e exames:

  • exame de Coombs, direto positivo
  • níveis de bilirrubina elevados
  • níveis baixos de haptoglobina sérica
  • hemoglobina na urina
  • contagem de reticulócitos absoluta elevada
  • baixa contagem de glóbulos vermelhos e de hemoglobina

Tratamento:

O tratamento com prednisona é a primeira terapia testada. Se a prednisona não melhorar a condição, uma esplenectomia (remoção do baço) pode ser considerada. A terapia imunossupressora é administrada se a pessoa não responder à prednisona e à esplenectomia.

Transfusões de sangue são administradas com cuidado, se indicadas para a anemia grave, devido à possibilidade do sangue não ser compatível e precipitar uma reação.

Expectativas (prognóstico):

Na maioria das pessoas, os esteroides ou a esplenectomia controlam a anemia mas, em outras, apenas o controle parcial da anemia é obtido.

Complicações:

Raramente a anemia grave leva à morte. Coágulos sanguíneos relacionados com a destruição de muitas células sanguíneas podem causar um derrame cerebral ou um ataque cardíaco. Uma infecção generalizada pode ocorrer, devido a complicações da terapia com esteroides, já que estes reduzem a habilidade do corpo de combater a infecção.

Solicitação de assistência médica e farmacêutica:

Marque uma consulta com o seu médico se apresentar sangramento inexplicável ou sinais de infecção.

Prevenção:

A triagem de anticorpos no sangue doado e no receptor pode prevenir a anemia hemolítica relacionada com as transfusões de sangue.